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Pediatra & Neonatologista
Diretor do Departamento
HPA Magazine 18
Que medidas podemos, então, adotar para minimizar os casos de afogamento?
1. Identificar grupos de maior risco: grupo etário dos 0-4
anos, sexo masculino, doenças crónicas adjacentes (epilepsia, arritmias cardíacas)
2. Reconhecimento dos locais mais problemáticos:
piscinas, seguidas de rios, ribeiras e lagoas e, por fim, as praias. Em casa, baldes ou depósitos com água, banheiras cheias.
3. Apostar na prevenção a múltiplos níveis:
• Ambiente físico: minimizar contacto com espaços potencialmente perigosos por meio da instalação de proteções físicas, como portões de fecho automático e vedações em redor das piscinas, tanques e poços.
• Parental: supervisão constante das crianças nas imediações de locais de risco, evitar a presença de bonecos ou boias dentro de água (que possam atrair a criança). Desincentivar mergulhos sem o prévio conhecimento da profundidade da água.
• Desenvolvimento de competências na criança/adolescente: saber identificar o perigo, promover noção básicas de natação (em especial após os 12 meses de idade), segurança aquática e de salvamento seguro, estimular o pedido de ajuda precoce, evitar áreas sem supervisão.
• Uso de material apropriado: dispositivos de flutuação pessoal (coletes salva-vidas).
4. Pais e cuidadores com treino em reanimação cardiorrespiratória.
5. Aumentar a sensibilização do público e destacar a vulnerabilidade das crianças.
O afogamento é, na larga maioria dos casos, evitável. Enquanto pais, temos a obrigação de reconhecer a necessidade de instituir medidas preventivas para que os nossos filhos possam brincar e conviver num ambiente seguro e saudável.